Dentes

Felizmente sempre tive uns dentinhos bem comportados que raramente me doeram. Sempre os estimei e durante uma altura da minha vida (mais de dois anos) todas as semanas fazia visitas ao dentista por causa do aparelho que usei até à véspera do meu casamento (por pouco, nas fotos do meu casamento aparecia de sorriso metálico :).

A única verdadeira dor de dentes a sério que tive, foi no ano passado por causa de um danado e indeciso dente do ciso que, ainda hoje, não sabe se sai completamente ou se fica metade dentro e metade fora (conforme a figura tão bem ilustra). Por causa desta indecisão do dito cujo, tive dores tão más, tão más que depois de vários dias a tomar toda a medicação que me aparecia à frente (analgésicos de toda a qualidade e intensidade), só com o recurso a antibiótico consegui resolver o problema.
Ele continuou sempre neste impasse e assim continua; metade dentro e metade fora mas nunca mais doeu. Por causa de umas pipocas que comi no Sábado (quem me manda ser gulosa?), há aqui qualquer coisa que não está bem. Até tenho medo de pensar nisso, nem me quero lembrar que poderá passar de um ligeiro incómodo, porque se chega ao ponto que chegou no ano passado acho que me suicido. Não consigo imaginar aquelas dores novamente, ainda por cima sem me poder drogar convenientemente.

19 Semanas

Completámos 19 semanas e vamos para a 20ª.

Para além da barriga cada vez maior (a ver se ponho aqui uma foto recente), começo agora a sentir algumas mazelas próprias do meu estado: canso-me mais depressa, continuo com muito sono, já custa se estou algum tempo de pé e se fico sentada muito tempo na mesma posição dá-me uma dor que vai da perna aos rins. Segundo parece, é idêntica à dor ciática. Espero é q conforme apareceu com a gravidez, desapareça depois desta.

Não sei se foi o sub-consciente que assimilou a descasca que levei da consulta, mas desde 2ª feira que ando com muito menos fome. Espero que isto se mantenha.

Há uma coisa que me tem deixado feliz da vida: a minha farta cabeleira :) Tenho o cabelo forte e não cai. Costuma cair-me bastante cabelo durante todo o ano sobretudo na Primavera e no Outono e é uma coisa que me dá grandes dores de cabeça. Apesar de ninguém notar a diferença faz-me imensa confusão ver o cabelo a caír. Paço a vida a tomar vitaminas a colocar produtos e shampôs adequados. Mas desde que engravidei tem sido uma maravilha. Já sei que depois do bebé nascer o cabelo vai retomar o seu ciclo e vai começar a caír novamente, mas por enquanto está óptimo e estou a adorar não passar a vida a apanhar os cabelos na casa de banho e pela casa toda :)

Acho que agora sim, consigo identificar agumas movimentações. Já sinto que há qualquer coisa dentro de mim que mexe e não é pouco :)

Bebé, meu querido, mexe-te á vontade. A casa é toda tua :)

Ontem

Relativamente à consulta, desta vez o atraso foi apenas de 25 minutos!!! Yupiiii!!! Terá sido sorte? A evoluir desta maneira, quando eu tiver a consulta da última semana de gestação, já será mesmo a horas :) Verifiquei mudanças no serviço administrativo naquela parte das consultas (CUF Descobertas), se calhar está a melhorar mesmo e não foi uma questão de sorte. Assim o desejo.
Bom, quanto à consulta propriamente dita, desta vez foi mais demorada. Falámos bastante e estou cada vez mais satisfeita e confiante em relação ao meu médico. Não que tivesse motivos para não confiar; se assim fosse mudava, mas como não era este o meu ginecologista (que mudou da CUF para o novo Hospital da Luz justamente quando me preparava para engravidar), não sabia que pessoa iria encontrar.
Não fiz nenhuma eco pois não tem ecógrafo no consultório, mas ouvi o coração do meu bebé. Aparentemente está tudo bem com ele. Explicou-me a maneira de apalpar a barriga de modo a conseguir perceber onde é que o bebé está instalado. Ontem estava atravessado.
A eco morfológica ficou marcada para dia 22 de Março, justamente às 22 semanas. Ainda falta quase um mês... Eu não sei se aguento até lá.
Estou com uma pequena anemia e...peso a mais! Com quase 19 semanas, estou com 66 Kg, 8 Kg a mais do meu peso normal. Mesmo com a minha altura, 1.68m, é um peso considerado excessivo. Devia ter aumentado entre 4 a 6 Kg. A enfermeira, para além do raspanete, deu-me uma folhinha com instruções que tenho que cumprir religiosamente. Pergunto-me se alguém consegue levar aquele plano a sério... Tenho que alterar a minha alimentação toda; basicamente estou limitada a legumes, fruta e carnes magras e tenho que cortar nos doces, hidratos de carbono, gorduras e carnes gordas. Não posso armar-me em inocente; se estou assim, a mim o devo porque não tenho tido grandes cuidados. Sou fraca, não resisto e caio na tentação. Às vezes também penso se esta questão do peso não será uma obsessão exagerada da parte dos médicos e custa-me estar sempre a bater no mesmo. Não é saudável um aumento exagerado, obviamente, mas também não é por mais 2, 3 Kg que o mundo acaba. Mas mentalizei-me que isto tem que mudar e vai mesmo.
De resto, tudo OK.
Como me despachei cedo da consulta, tive tempo para preparar um jantarzinho especial para o papá, com direito a mini bolo de aniversário e tudo. No próximo fim de semana comemoramos adequadamente com a família e com os amigos. Foi um jantar apenas para nós dois ou melhor nós 3, e foi apenas para o dia não passar em branco, que isto de fazer anos a uma 2ª feira não dá jeito nenhum.
Obviamente esqueci tudo o que me disseram na consulta e comi entradas, prato e sobremesa. O regime começa hoje :)

Aniversário e consulta

Hoje o papá faz aninhos. 33. Pena que tenha que passar o dia longe e a trabalhar...
Hoje é também dia de consulta. Só peço que esteja tudo bem e que desta vez não aconteça nenhum percalço. Cada vez que vou às consultas acontece sempre alguma coisa; na última esperei 2 horas porque me perderam o processo, da penúltima esperei quase 3 por atraso do médico...Queria despachar-me rapidamente para chegar a casa cedo e preparar um jantarzinho especial ao aniversariante.
Espero também ficar com a eco morfológica marcada (de preferência para breve). Hoje só almoço depois da consulta (da pesagem). O fim de semana não foi lá muito controlado...
Hoje o tempo está muito apertado. Queria deixar uma homenagem mais bonita ao papá, neste dia tão especial, mas estou mesmo de saída. No próximo ano será diferente e muito mais preenchido, com o nosso filhote!

Amanhã faço o relatório do dia.

E para acabar uma semana...

...cheia de trabalho, nada como receber a notícia de um aumento para breve (salarial, que de trabalho já tenho bastante).

É bom saber que, apesar das recorrentes notícias sobre a discriminação que as grávidas estão a ser sujeitas (esta é uma delas) ainda há entidades patronais sensíveis, que sabem que com filhos as despesas aumentam. Patrões que se lembram que também são filhos e pais.

Convém é que este aumento saia rapidamente porque embora ainda falte algum tempo para o bebé nascer, as despesas já começaram :)

Apetites...

Há uns dias lembrei-me desta combinação que adoro, requeijão com doce de abóbora. Não foi um chamado "desejo" de grávida, foi mais uma vontade de comer. E se depressa me lembrei, mais depressa me fiz ao caminho do supermercado mais próximo.

Soube mesmo bem. Foi um consolo!

Análises

Hoje foi dia de análises. Como tenho consulta na próxima 2ª feira dia 26, o tempo para se obterem os resultados é muito apertado, mas também tive alguma preguiça de lá ir antes, confesso. Parecia que estava a adivinhar o que me esperava: exame da curva da glicemia. Quem já fez isto sabe que beber aquele “xarope” super doce em jejum não é das melhores maneiras para começar o dia.
Estou muito ansiosa por esta consulta da próxima semana. É neste dia que o médico vai marcar a próxima eco (a tal das 21/22 semanas). Vou-lhe pedir encarecidamente para ele a antecipar o mais possível porque não tem ecógrafo no consultório. Desde que a minha amiga perdeu o seu bebé às 28 semanas que desejo ardentemente pelo dia da eco. Já pensei em fazê-la por iniciativa própria, mas como tem sido sempre o meu médico a fazer as anteriores e obviamente conhece o histórico, não tem muita lógica fazer uma “por fora”. Só me resta esperar. E depois, além do desejo de saber se está tudo a correr bem com o bebé, há a questão do sexo. Tenho muita gente à minha volta ansiosa por saber. Esta até é uma questão que para mim e para o pai passou para 2º plano, embora tenhamos alguma curiosidade, claro.
Se o médico for rigoroso, só a faço mesmo na 2ª ou 3ª semana de Março. Até lá, só nos resta esperar.

18 Semanas

Fazemos hoje 18 semanas de gestação e segundo e escala do Baby Gaga que temos ali em baixo, já entrámos no 5º mês de gestação. A única coisa que me ocorre dizer é que a brincar a brincar já estamos quase a meio desta viagem (se levarmos esta gravidez até às 40 semanas como eu desejo) e foi como se tivesse começado ontem.
É incrível como o tempo passa... Ao dar-me conta disto, desejo querer aproveitar todos os momentos de uma forma que não tenho feito. Sinto que tenho andado até aqui tão preocupada com uma série de coisas (se o meu comportamento pode ou não afectar o bebé, com o que pode correr mal, com as mudanças que vão acontecer na nossa casa, na nossa vida), que há detalhes que me estão a passar ao lado. Mas penso que se acontece assim até é um bom indicativo; significa que este bebé não me tem dado sustos nem causado os “incómodos” normais, como enjoos, dores, etc. Temos convivido muito bem os dois nestas 18 semanas.
Agora que a barriga cresce dia para dia e que em breve começarei a senti-lo mexer, é muito mais difícil “esquecer” que estou grávida, como tal, quero aproveitar ao máximo estes meses que faltam até o ter nos meus braços, até porque não sei se voltarei a repetir esta experiência. Sei que, como acontece com muitas mães, vou ter saudades destes tempos. Vou aproveitar o tempo que nos resta ao máximo.

Trocas e sobretudo baldrocas

Andam a fazer um grande alarido com esta história das bebés supostamente trocadas na maternidade de Torres Vedras. Um dos pais quer inclusivamente, mover um processo contra a maternidade. Não é ser do contra, mas isto a mim cheira-me a oportunismo. Segundo parece, as meninas estavam devidamente identificadas, cada uma com a sua braçadeira.

OK, há algum descuido nisso por parte da maternidade, ou melhor, por parte da enfermeira que tratou das meninas, mas caramba, pior seria se tivessem trocado as braçadeiras! Aliás, é para isso que elas existem e são colocadas assim que os bebés nascem e retiradas à saída da maternidade ou até em casa: justamente para evitar trocas.

O único engano foi terem sido colocadas em berços errados. Mas também pergunto: por mais que as mães estivessem atordoadas com o parto, só ao fim de 24 horas as próprias mães deram pelo engano? É que as bebés ainda por cima eram muito diferentes, uma tinha 1Kg a mais que a outra (que num bebé é muito) e uma tem o cabelo castanho claro e outra é muito moreninha...

Mais uma vez, acho exagerado tanto drama e cheira-me mesmo a oportunismo.

Só um aparte: Se o pai decide mesmo levar a maternidade a tribunal, o que é que vai alegar? Que esta "troca" vai traumatizar a filha para o resto da vida, porque em vez de ter sido o pai que lhe fez umas festinhas, foi um estranho?

6ª Feira

Isto hoje está do pior. Estou cá com uma daquelas preguiças... A crise do sono tem por hábito aparecer a partir das 21, 22 horas, mas hoje veio mais cedo. Dificilmente consigo ter os olhos abertos e deixar de bocejar.
Vem aí mais um fim-de-semana que promete. Está mesmo bom para ficar em casa no quentinho e como a única “ponte” que vou ter este fim-de-semana é a Vasco da Gama (se resolver ir até ao Freeport ver uma loja de mobílias), segunda-feira cá estarei a trabalhar. E o pai em casa os 4 dias...
Bom, resta-me desejar um bom fim-de-semana a todos, se for prolongado melhor ainda e quem for festejar nos vários Carnavais pelo país, divirta-se muito, mas agasalhem-se!
Vou ver se aguento mais estas duas horitas que faltam para sair sem adormecer em cima do teclado.

Ainda sobre festividades

Estive agora ao telefone com um fornecedor da Malásia que me contou uma coisa engraçada. Este é o exemplo de um país realmente democrático, pois sendo constituido por uma miscelânea de diferentes povos, há celebrações para todos. Festejaram o ano novo ocidental (de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro), vão celebrar na próxima semana o ano novo chinês, celebram ainda (não sei quando) o ano novo Hindu e ainda um outro que não cheguei a perceber bem mas penso que seja de uma das etnias malaias. E o melhor de tudo é que para estas datas todas, há dois dias de feriado por cada. Isto só nas celebrações de Ano Novo, sem contar com outras festividades e feriados ao longo do ano.

Isto é que é ter um governo decente. E não é por causa de tanta folga que a Malásia não é um país desenvolvido, muito pelo contrário! O índice de produtividade e de desenvolvimento deles é de fazer inveja.

Que boa vida!

Nota: Na próxima semana, se forem a alguma das muitas lojas de chineses, não se esqueçam de lhes desejar um feliz ano novo:) Um "oinc, oinc", que é o ano do Porco! :)

Pontes e Carnavais

O nosso "primeiro" acabou de decretar tolerância de ponto (ou seja, ponte) para a próxima 2ª feira véspera de Carnaval, para os tabalhadores do Estado.

Tenho esperança que aqui nesta empresa privada sigam o exemplo. Estava mesmo a apetecer-me um descanso de 4 dias. E não, não é para ir festejar o Carnaval. Aliás, passava muito bem sem esta festividade.

Nunca foi uma época que gostasse particularmente. Quando era pequena, mascarei-me sempre mas era mais por ver as outras crianças do que propriamente por minha própria vontade. A coisa piorou bastante quando começaram a abrasileirar o nosso Carnaval. Também não tenho nada contra o Carnaval brasileiro, atenção, acho até alguma piada mas lá, no Brasil, onde é Verão e estão temperaturas abrasadoras e aquelas indumentárias fazem todo o sentido. Aliás, até gostava de ir um dia ao sambódromo assistir aos desfiles. Cá, com o frio que costuma fazer em Fevereiro e normalmente a chover, acaba por ser ridículo ver as mocinhas a desfilar cheiinhas de frio, de tanguinha. Os próprios desfiles, por se quererem aproximar tanto do que se faz no Brasil, acabam por deixar muito a desejar. Mas como o que é de fora é que pelos vistos é bom...
Na pior das hipóteses, e como temos a mania de importar tudo até mesmo as tradições alheias, pelo menos que importássemos então o Carnaval de Veneza que além de estar mais próximo geograficamente e meteorologicamente, acaba por fazer mais sentido porque apesar de língua, os italianos têm uma mentalidade mais próxima da nossa do que os brasileiros. O Carnaval em Veneza é muito mais charmoso, glamouroso e até esteticamente mais apelativo... Com esse sim, identifico-me mais. Mas esta é apenas a minha opinião. Só sei é que se o tempo não melhora, a coisa está feia para quem quer ir para as ruas desfilar ou assistir aos corsos.

ADENDA: Afinal, tal como a Miragem disse, a tolerância é dia 20, 3ª Feira e não na 2ª feira... lá se vai a ponte...

17 Semanas

Completámos as 17 semanas.

Desta só tenho a referir mesmo a questão do peso que falei ontem. Já está tudo dito a este respeito por isso em vez de falar dos malditos quilos a mais, vou mas é tratar de eliminá-los.

Fora isso, está tudo bem. Há já uns dias que tenho algum ardor no estômago (deve ser azia), mas não é nada que não se aguente. Continuo com muito sono.

Segundo o gravidómetro, entramos no 5º mês no próximo Domingo.

Juntos

Em quase 12 anos (7 de namoro e quase 5 de casados), este é o 11º dia dos namorados que vivemos juntos.
Tanto tempo... e neste tempo todo, o máximo que estivemos separados foram os 11 dias em que tivemos um oceano no meio. Lembras-te o que eu chorava cada vez que falava contigo ao telefone? Tinha acabado de chegar ao destino (não te via desde a véspera) mas só de saber que tínhamos tantos quilómetros a separar-nos, parecia que não estávamos juntos há anos...as saudades eram tantas...neste caso não era o tempo que determinava o grau de saudade; esta era proporcional à distância que nos separava.
Têm sido quase 12 anos de altos e baixos. Não há nada perfeito e a nossa relação também não o é, começando pelas nossas personalidades tão distintas. Somos tão diferentes que poucos apostariam que tivéssemos “aguentado” até aqui. Até nós duvidámos! :) Mas o tempo veio demonstrar que nascemos um para o outro. E se calhar é aí que está o segredo, não achas? Deve ser a tal questão dos opostos que se complementam.
Estes dias nunca tiveram grande significado para nós; não me lembro se alguma vez jantámos fora neste dia. Talvez o tivéssemos feito no início. Mas há sempre uma pequena lembrança, só para o dia não passar completamente ao lado. Talvez o mais marcante tenha sido o do ano passado, que (nem sei como) te lembraste de fazer um mini rally-paper para descobrir o presente.
Parece-me que este ano ainda vai ser mais especial; vamos fazer um jantarzinho para nós três. O nosso filho está a caminho... ainda nos custa imaginar esta realidade que é passarmos a ser 3 ao fim de tanto tempo a viver um para o outro. Mais uma vez duvidamos se seremos capazes, se estamos à altura da responsabilidade. Mas mais uma vez, o tempo se encarregará de mostrar que sim, que não sendo os melhores pais do mundo (e nem temos essa pretensão) seremos os melhores pais que pudermos ser. Juntos.

Estava tudo a correr tão bem...

De há uns dias a esta parte, a partir das 22 horas (ás vezes antes), morro para o mundo. O sono é tal que nem chego a aquecer o sofá. Tenho que arranjar sempre qualquer coisa para fazer depois de jantar porque se me sento a ver TV é certinho, passados 5 minutos já não consigo abrir os olhos.

Outra coisa "fantástica" aconteceu hoje de manhã ao pesar-me. Não dei dois gritos porque era cedo e a vizinhança não tem culpa, mas que me apeteceu, isso apeteceu. Caramba, pá, onde, quando e porquê que eu ganhei este peso??? Só se foi no Domingo pois tive uma festa de anos e abusei um bocadito, mas não pode ter sido só isso. Ok, no Sábado estava mesmo a apetecer-me pizza e fui comê-la e depois comi um geladito na sobremesa... pensando bem...bolas mas por dois dias de "liberdade" é este o castigo tão pesado (literalmente) que recebo?

Estava a portar-me tão bem no mês passado até me deram os parabéns na consulta... e agora tenho mais "x" quilos!!!! Nem me atrevo a dizer hoje, direi quando dia 26 for à consulta porque até lá estes desgraçados vão ter que desaparecer. Até lá, será um combate duro sem contemplações.

Que porcaria!

E se...

... o tempo estivesse assim ontem, será que ía mais gente votar? Quero acreditar que não, que não é o factor "tempo" que impede alguém de exercer este direito e sobretudo este dever.

Mais que o resultado, o que me surpreendeu deveras neste referendo foi a passividade das pessoas. Quase toda a gente tem uma opinião formada sobre o assunto em questão mas só uma minoria decidiu mostrar através do voto a sua posição. E mesmo os que não tinham opinião deveriam ter ido; é para isso que existe o voto em branco.

Só uma vez não pude votar. Não me lembro bem em que eleições foram nem o porquê de não o ter feito mas recordo-me perfeitamente o mal que me senti de não ter participado. Sentir que se decide algo no país e na sociedade em que vivo sem a minha participação, fez-me sentir marginalizada, à parte... Muitos pensam "é só um voto e mesmo que eu não vote isso não altera nada". Quis acreditar nisso na altura de modo a sentir-me melhor, mas não consegui. E nem que chovessem navalhas eu deixaria de ir votar. Por isso não compreendo quem (sem um motivo forte) não vota. E o mais engraçado é que muitas vezes são estes que protestam que o país está mal, que os politicos não prestam, etc. etc.

Quanto ao resultado, espero que algo mude realmente. Ganhou a opção que eu também votei. É complicado e não é de um dia para o outro, mas quero acreditar que algo realmente vai mudar nesta realidade que é o aborto clandestino e que muitos fingem não existir.

Por último, continuo a não perceber o porquê da Igreja achar que tem uma palavra a dizer sobre este assunto, não lhe reconconheço qualquer legitimidade para emitir juizos de valor e muito menos para condenar seja quem for. Usar as missas para fazer campanha além de ser pecado, devia ser também crime.

Tremor de terra

Acho que acabei de sentir um tremor de terra e não foi tão pequeno como isso.
E juro que não são maleitas de grávida; todos aqui no escritório o sentiram. Wow!

Adenda: Afinal foi geral :)

Trabalho, trabalho, trabalho

Quase sem tempo para respirar.

Terminei esta semana cheia de trabalho e de altos e baixos com uma das coisas que me dá mais prazer: fui passear até à baixa (Lisboa). Na verdade fui a uma reunião, o tempo não era muito, mas aproveitei e almocei calmamente, vi montras (fiz uma comprita), caminhei nas ruazinhas e apreciei a arquitectura (não me canso de o fazer).
O tempo estava fantástico e até tive calor.

Sou cada vez mais apaixonada pela minha cidade.

Foi um bom pré início de fim de semana.

Virar a página

Hoje o pai encerrou um capítulo na sua vida profissional, que o estava a estagnar e deixar sem perspectivas, para iniciar um novo que se vislumbra mais estimulante e cheio de desafios. Adivinha-se um futuro ainda mais risonho.

Boa sorte papá!

16 Semanas

Olha, olha...16 semanas!

A minha borboletinha ali de cima lá vai voando e está quase a chegar a meio do caminho.

Esta foi uma semana de altos e baixos. Um dos momentos altos foi ontem. Quase que posso jurar que senti qualquer coisa a mexer-se cá dentro. E não eram os intestinos :)) Não posso assegurar nada, até porque, segundo o Guia do Bebé, ainda deve ser cedo para se começar a senti o bebé e nem sei qual é a sensação para a poder identificar, mas tenho uma pequena desconfiança que era mesmo ele. Ou então é a minha ansiedade :)

Nesta semana o comprimento do bebê deve variar entre 108 e 116mm e o peso é de 80g.
As pernas estão mais longas que os braços. O bebê já faz algumas expressões faciais como franzir a sobrancelha e caretas. Que bonitinho!
Ainda é difícil sentir os movimentos do bebê. Agora que está completamente formado, as preocupações ficam para o crescimento e desenvolvimento.

Para a frente é que é o caminho

Depois de um dia carregado de emoções fortes (boas e más), a noite foi agitada e mal dormida. Mas como se costuma dizer, “life goes on”.
Apesar de tudo, também não é justo condicionar a minha vida e este momento único pelo medo do que pode eventualmente acontecer. A única coisa que posso fazer é estar ao lado e dar a mão, juntar o meu choro ao dos que sofrem e sorrir com a felicidade de quem está feliz.
Para animar um bocadinho isto, fica uma foto nossa, tirada este fim de semana, com 15 semanas e alguns dias.

Há coisas muito injustas

Mais a frio, há uma série de coisas que não podemos deixar de questionar e pensar.

Como é que se reage a uma coisa destas?

Como é que de uma felicidade desmedida se passa para uma tristeza tão profunda?

Como é que se aguenta o processo de dar à luz um filho que foi tão desejado e que se sabe morto?

Toda a gente sabe que há sempre o risco de alguma coisa correr mal, mas nunca esperamos que de facto aconteça. Pensamos muito na barreira das 12 semanas e relaxamos quando a ultrapassamos mas a verdade é que até às 40 semanas tudo pode acontecer. Já soubemos de tantas coisas parecidas na blogosfera, não é verdade? Se quando acontece com pessoas que acompanhamos e conhecemos virtualmente ficamos chocadas, quando é alguém de carne e osso e ainda por cima que nos é chegado, é muito doloroso.

Ainda na semana passada estivemos a "comparar" as barrigas e a trocar experiências, ideias, dicas, emoções... como é que vai ser agora, quando estivermos juntas e só eu tiver barriga? Como é que vou olhar para ela e ela para mim? O que se diz?

Estou desolada e certamente que irei viver a minha gravidez de outra forma. Se eu já era uma pessoa de certa forma contida e consciente, agora com toda a certeza irei andar com o coração nas mãos, sem euforias e com cada vez mais receios.

Não é justo.

Rude golpe

Acabei de receber a notícia que uma amiga, grávida de 28 semanas (e não 23 como escrevi por lapso) vai ter que abortar. Estava tudo a correr tão bem e de repente o bebé (um menino) deixou de viver.

Ainda não sei detalhes e acho que prefiro não saber.

Eco 3D

Uma amiga acabou de me ligar tristíssima porque hoje ao fazer a eco das 22 semanas, morfológica, também fez a 3D (ou seria 4D não sei qual é a diferença entre uma e outra).
Bom, o que é certo é que teve uma perspectiva tridimensional do bebé e estava muito decepcionada porque a imagem revelava "um bebé muito feio". Tive vontade de rir porque das imagens que vi até hoje deste tipo de ecos, sinceramente, nunca vi um bebé bonito. Ou melhor, um bebé naquele ambiente, comprimido num espaço tão pequeno, nunca pode parecer muito bonito. O médico também lhe disse que só costuma fazer estas ecos com tempo de gestação mais avançado, o que tem uma certa lógica. Se eles recém nascidos raramente se podem chamar bonitos, quanto mais com 22 semanas que ainda está em fase de "acabamento".
Por falar nisso, acho piada quando há pais que dizem que só depois de olhar para o bebé é que lhe vão dar o nome. Sinceramente o único nome que um recém nascido me sugere é "enrugadinho" ou como diz um amigo meu "cara de joelho":)

Começo a ter alguma esperança neste país

Há cerca de duas/três semanas enviei uma reclamação via e-mail para os serviços centrais dos CTT, visto que a distribuição de correio na minha área de residência anda com graves deficiências. Entre outras coisas, o correio tem andado mesmo muito atrasado. Não estou a falar de dias, mas de semanas de atraso. E não fui só eu que notei isso.

Esta reclamação foi feita um pouco como "descargo de consciência" porque reclamo sempre que acho que um serviço não está a ser bem prestado. Não tinha esperança nenhuma de obter feedback e muito menos que os serviços melhorassem por causa da minha iniciativa (porque são empresas estatais e sobretudo porque já trabalhei para esta instituição e sei o que a "casa" gasta), ainda assim reclamei.

Pois foi com alguma surpresa ("alguma", porque a "grande" vem depois), que recebi um e-mail de resposta dos tais serviços centrais a dizer que iriam tomar nota da reclamação e encaminhá-la de modo a apurar o que se passa. Pensei: "olha, responderam que simpáticos, mas isto é para me calar porque o assunto vai ficar mesmo por aqui".

A grande surpresa veio em forma de telefonema uma semana depois. Era uma chamada do responsável da estação de correios da minha zona. Ele pediu-me mais informações e disse que ia apurar o que se passava para detectar os problemas que lhe falei, disse que ia fazer tudo por tudo para que as coisas melhorassem e deu-me o seu contacto directo, caso se verifique alguma situação que que ache que esteja mal, para solicitar informações ou cuidado especial nalguma correspondência que assim o exija.

Pode até ser um procedimento normal em caso de reclamação e que os problemas se mantenham, mas pelo menos senti-me ouvida. Já não é mau.