Tal como acontece sempre que vou de férias, já sabia que não podia ir de baixa para casa sem me chatear. É que a porcaria do trabalho aumenta sempre nesta altura. É impressionante.
Contava que amanhã fosse o meu último dia de trabalho, mas já me perguntaram se podia ficar até ao fim do mês, ou seja, mais uma semana. Com o trabalho que temos (nem é tanto pela quantidade de trabalho, é mais pela sua complexidade), deixar isto já amanhã era difícil.
Mesmo que o fizesse, já sabia que na próxima semana iria ter telefonemas a toda a hora, mails para responder e sei que ter de o fazer em casa, à distância me deixaria ainda mais stressada e enervada. Sei que também teria que cá vir, mais tarde ou mais cedo.
E o pior é este meu feitio de m... Já sei que se ficasse em casa, ía ter imensos problemas de consciência, embora não tivesse a usufruir de nada que não tivesse direito; são indicações do médico.
Mas lá acabei por aceder. A realidade é que não me posso queixar; os meus colegas têm-me poupado, a minha substituta é muito competente e estou bastante confiante que ela é a pessoa certa. Espero ao menos que não me digam nada durante os 5 meses de licença e que tenham em consideração este sacrifício.
O pior é dizer logo ao pai... depois do que ele ouviu na eco da semana passada (já me chateou bastante por vir esta semana), dizer-lhe que ainda vem aí mais outra semana de trabalho... nem imagino... vai ser complicado fazê-lo perceber as coisas. A saúde da minha filha está em primeiro lugar, obviamente, mas sei que se ficar em casa vai ser muito mais stressante. Sinceramente, não sei o que seria pior...
Amanhã tenho consulta. O médico vai passar a carta para a baixa e fazer as suas recomendações, só espero que seja flexível à ideia de adiar mais uma semana o meu retiro e não me martirize muito...
Porque é que não nasci rica e dondoca?
3 Comentários:
LOL para a tua pergunta no final do post! ;)
É uma chatice, mas percebo quando dizes que em casa ainda ias ficar mais stressada, ao ter que resolver os problemas a partir de lá...
Acho que te resta falar com o médico; se ele autorizar que continues a trabalhar mais uma semana, é porque acha que há margem para isso. Mas se ele proibir determinantemente, é porque tem mesmo mesmo de ser.
Quanto ao marido, diz-lhe que não te pode aborrecer muito porque não te podes enervar. ;)
Beijocas!
Como te percebo, também queria ficar já em casa, pois o cansaço começa a ser muito mas também quero terminar o ano lectivo com os meus alunos.
Dilemas...eu vou trabalhar mais uma semana e para a outra ainda tenho o dia da festa e entrega das avaliações (vamos ver se aguento).
Tal como dizes, primeiro está a saúde da tua filhota.
Espera para veres o que diz o médico. Se ele disser que é arriscado ficares mais uma semana, é melhor mesmo acatares as suas ordens e desligares completamente do trabalho. Deixas ordens expressas para que não te chateiem, seja de que forma for. Olha que os patrões, por muito bonzinhos que sejam, não merecem os sacrifícios que fazemos por eles. Falo por mim. Se pudesse voltar atrás, não teria ficado em casa no 8º. mês mas sim logo no 7º. Por acaso até tive sorte pois pensei que a rapariga fosse ter algumas dúvidas e levasse o tempo a ligar-me mas ela percebeu logo tudo direitinho e não me ligou uma única vez. Em 7 meses que fiquei em casa só recebi uma única chamada do escritório e foi precisamente quando estava na maternidade. Acabei po rnão atender porque estava ao telefone mas soube depois que foi o boss que a mandou ligar-me mas, que depois, descobriu o que procurava.
Aceita um conselho: descansa bastante porque depois dela nascer vais ter muitas noites em claro. Ainda hoje, quase 1 ano depois, ainda não consigo descansar o suficiente e já ando com umas olheiras maiores que eu.
Depois dá notícias da consulta.
Joquinhas gandes e bom fim de semana
Sofia
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