Hoje é dia do pai. Normalmente embirro com estes dias pré-estabelecidos para o pai, mãe, criança, mulher, cão, etc. Para mim estes dias são como Natal, sempre que eu quiser. Mas pronto, já que não posso vencer o sistema, junto-me a ele.
O meu pai é o homem porreiro, com uma personalidade muito forte. Nem sempre nos damos às mil maravilhas; não tem um feitio fácil e se calhar os nossos “arrufos” acontecem porque eu sou um bocadinho parecida com ele, mas em melhor, claro. É um homem dos nossos dias, vivido, com uma mente arejada mas também é bastante intransigente e teimoso. Parece de ferro, mas por baixo daquela capa dura, está um coração mole. Foi um homem de lutas; andou a pintar paredes e metido em lutas partidárias e militâncias contra o sistema antes e depois do 25 de Abril. Por causa disso, tenho poucas recordações dele na minha infância. Nos meus primeiros anos, as lutas fizeram dele um pai um pouco ausente.
Hoje, como sempre, fui almoçar com ele. Anda feliz da vida com a ideia de ser avô. Durante imenso tempo chateou-me para lhe dar um neto. Diz que tanto esperou que já tinha perdido a esperança. Mas faz questão de dizer que “tem que ser rapaz”. Ele sempre quis um filho mas nem eu nem a minha irmã lhe fizemos a vontade. A minha mãe conta que quando eu nasci ele ligou para o hospital a perguntar se ela já tinha dado à luz e quando soube que tinha nascido uma menina, só lá apareceu no dia seguinte e só depois das reuniões sindicais em que sempre andou metido. Com a minha irmã foi um bocadinho pior; ela nasceu 6 anos depois de mim e mais uma vez demorou a habituar-se à ideia de ainda não ter sido dessa que tinha vindo o filho homem. Mas sei que nunca iria gostar mais de um filho do que gosta de nós. E sei que se vier aí uma neta em vez do neto, a vai “estragar” com tanto mimo e talvez, nos primeiros anos, dar-lhe em dobro aquilo não deu a mim e à minha irmã: tempo.
O meu pai é o homem porreiro, com uma personalidade muito forte. Nem sempre nos damos às mil maravilhas; não tem um feitio fácil e se calhar os nossos “arrufos” acontecem porque eu sou um bocadinho parecida com ele, mas em melhor, claro. É um homem dos nossos dias, vivido, com uma mente arejada mas também é bastante intransigente e teimoso. Parece de ferro, mas por baixo daquela capa dura, está um coração mole. Foi um homem de lutas; andou a pintar paredes e metido em lutas partidárias e militâncias contra o sistema antes e depois do 25 de Abril. Por causa disso, tenho poucas recordações dele na minha infância. Nos meus primeiros anos, as lutas fizeram dele um pai um pouco ausente.
Hoje, como sempre, fui almoçar com ele. Anda feliz da vida com a ideia de ser avô. Durante imenso tempo chateou-me para lhe dar um neto. Diz que tanto esperou que já tinha perdido a esperança. Mas faz questão de dizer que “tem que ser rapaz”. Ele sempre quis um filho mas nem eu nem a minha irmã lhe fizemos a vontade. A minha mãe conta que quando eu nasci ele ligou para o hospital a perguntar se ela já tinha dado à luz e quando soube que tinha nascido uma menina, só lá apareceu no dia seguinte e só depois das reuniões sindicais em que sempre andou metido. Com a minha irmã foi um bocadinho pior; ela nasceu 6 anos depois de mim e mais uma vez demorou a habituar-se à ideia de ainda não ter sido dessa que tinha vindo o filho homem. Mas sei que nunca iria gostar mais de um filho do que gosta de nós. E sei que se vier aí uma neta em vez do neto, a vai “estragar” com tanto mimo e talvez, nos primeiros anos, dar-lhe em dobro aquilo não deu a mim e à minha irmã: tempo.
2 Comentários:
Faltam dois dias para saber! :D
Pois, também não ligo muito a estes dias mas parece que se não se for na "onda" se é semi-'anormal', lol.
De qualquer forma, parabéns pelo pai que tens. Um lutador... Vai, de certeza, ficar super babado com o(a) neto(a).
Beijinhos
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