Má ideia...

...é levar um bebé de 2 meses e tal a um restaurante. Principalmente se esse bebé tem umas cordas vocais e uns pulmões bem desenvolvidos.

Resultado: o pai almoçou sozinho (vingou-se na sangria), a mãe tinha a comida fria. Isto porque mal ela abriu a goela para gritar, eu parecia um foguete a sair da mesa. Fomos as duas para uma ante-sala do restaurante e a miúda não parava de chora nem por nada. Nem o leite nem o Aero-Om foram capazes de a calar; era sono, era fome, era tudo. Já em desepero, não por mim mas pelas pessoas que almoçavam tranquilamente, passei ao plano B. Deitei-a por cima da manta numa especie de banco de jardim, despi-a e tirei a fralda. Ela adora estar assim e pensei que fosse a minha única solução. E foi. Ela lá se calou. Só que quando abri a fralda verifiquei que além de sono, a miúda tinha mais qualquer coisa... e era uma "coisa" mole, mal-cheirosa e que lhe chegava quase ao pescoço. A coisa era de tal modo grave, que sujou a roupa toda que tinha vestida. Entre colocar-lhe outra vez a fralda (suja) para a mudar no WC a chorar e mudá-la ali já ela estando tranquila e calada, não pensei duas vezes: foi mesmo ali. É claro que o cheiro não era o mais agradável, principalmente num restaurante, mas ninguém viu e o ar condicionado era bom :)

Depois disto, dei-lhe o biberão e voltei para a mesa, já o pai tinha comido e o meu prato já tinha ido para a cozinha para ser aquecido. Estava com esperança que ela adormecesse logo, mas não. Estava caladinha mas com a expressão eu-agora-estou-calada-mas-daqui-a-2-minutos-não-respondo-por-mim. Comi mas sempre com receio que ela voltasse ao berreiro. Despachámos a refeição rapidamente e saímos dali.

Resumindo e concluíndo, era suposto ser um calmo almoço de Sábado, em família e não uma maratona contra a birra. Por isso, a Leonorzinha só vai voltar a colocar os pés num restaurante quando tiver idade para tirar a carta :)