28 Semanas

O tempo passa a correr ainda mais quando andamos ocupadas e cheias de trabalho. 28 semanas, já falta tão pouco...
Além das óbvias mudanças físicas, noto algumas mudanças interiores. Consigo perceber que a minha impulsividade e impaciência estão mais controladas. Já não me aborreço tanto com pequenas "coisinhas" e sinto-me mais tranquila. Não sei se será uma mudança gradual e definitiva, se é uma coisa transitória enquanto estou grávida. Espero que faça tudo parte de uma evolução e que as mudanças continuem a ser sempre para melhor. Bem preciso de ter mais paciência no futuro... Curiosamente ainda ninguém (nem o meu querido esposo) comentou nada comigo. Será que só eu é que noto?
Na segunda feira tive consulta e foi o costume. Desta vez, como estava tudo muito atrasado, a parte da medição de tensão, pesagem, etc., foi à pressa, o que me permitiu fazer batota no peso. A enfermeira mandou-me pesar enquanto ela ía apontando os dados na caderneta e quando me perguntou o que é que a balança marcava, disse-lhe menos um quilo do que o que estava lá:)
No geral, está tudo bem. Deram-me as recomendações de sempre e o Dr. Aconselhou umas massagens para as pernas e pés inchados.

Este post começou a ser escrito perto das 10 da manhã. Isto não está fácil.

Ontem vi a reportagem da TVI e se já tinha algum "receio" da hora "H", a reportagem não ajudou mesmo nada. Por isso optei por simplesmente não pensar nisso. Quando chegar a hora, chegou, vou para o hospital e seja o que Deus quiser; parto normal com episotomia (ouch!), com forceps, cesariana, whatever, a miúda vai ter que sair de qualquer maneira, por isso é melhor não pensar muito no assunto.
Não vou fazer planos, não vou idealizar, não vou fazer prognósticos, nada. Confio no meu médico e acredito que as opções que ele tomar são as melhores. Posso eventualmente dizer-lhe que preferia isto ou aquilo mas às vezes os acontecimentos desenrolam-se de uma maneira que não dá para fazer opções, só agir. A única coisa que quero é minimizar ao máximo o meu sofrimento e sobretudo o da minha filha. Respeito quem opte por ter um parto normal, sem anestesias, oxitocinas, etc., e da forma mais natural possível, mas para mim isso não é opção. Acredito na ciência e nos seus recursos para nos tornar a vida mais fácil e menos dolorosa. E se temos possibilidade de usufrir dos meios que hoje existem, se se fazem tantos estudos, investigações e se a ciência se desenvolve tanto para melhorar a nossa vida, porque não aproveitar? Acho que não é ter o sofrimento todo que faz de nós melhores mães.