Durante cerca de dois anos tive um blogue. Comecei-o em 2003, quase nos primórdios desta fantástica forma de comunicação, ainda no tempo em que em vez deste ser um “mundo”, era uma “aldeia” onde quase toda a gente se conhecia.
O meu primeiro blogue era um ponto de encontro, um lugar de desabafos, de disparates, de divagações, etc. Tinha muito orgulho naquilo que ele se transformou e era um prazer enorme para mim ter aquele espaço onde me sentia livre para partilhar ideias e sobretudo conhecer pessoas fantásticas. Mas (nada é perfeito e há sempre um “mas”), como isto era de facto uma “aldeia”, ao fim de quase dois anos descobri que tinha entre os leitores alguém que me conhecia. Devo dizer que a família mais próxima e alguns amigos conheciam o blogue, mas este “alguém” era uma pessoa que, por azar, trabalhava na mesma empresa que eu (foi mesmo azar!) e que se serviu da informação que recolheu no blogue. Ora, a pessoa agarrou na informação, deu-lhe os devidos “retoques” e a re-transmitiu-a (esta palavra não existe de certeza) à sua maneira.
A partir daí, senti o meu espaço violado e obviamente não me sentia mais à vontade para ser espontânea, pura e verdadeira como sempre fui. E continuar condicionada, não fazia qualquer sentido. Decidi então, num impulso de raiva, acabar com tudo e apaguei o blogue. Na altura nem pensei nisso, mas poderia ter feito back-up's e conservar noutro lugar mais privado, aquilo que fui acumulando naquele tempo todo. Arrependi-me imenso da minha impulsividade, mas o mal estava feito. Foi mesmo o fim.
Ainda demorou uns meses mas o vício venceu e fiz um novo blogue, com outro nome e identidade. Mas, pelo menos neste campo, não há amor como o primeiro e depressa senti que não era a mesma coisa. Acabei com esse também. Depois veio um terceiro que ainda durou uns meses e cujos resquícios ainda andam por aí.
O meu primeiro blogue era um ponto de encontro, um lugar de desabafos, de disparates, de divagações, etc. Tinha muito orgulho naquilo que ele se transformou e era um prazer enorme para mim ter aquele espaço onde me sentia livre para partilhar ideias e sobretudo conhecer pessoas fantásticas. Mas (nada é perfeito e há sempre um “mas”), como isto era de facto uma “aldeia”, ao fim de quase dois anos descobri que tinha entre os leitores alguém que me conhecia. Devo dizer que a família mais próxima e alguns amigos conheciam o blogue, mas este “alguém” era uma pessoa que, por azar, trabalhava na mesma empresa que eu (foi mesmo azar!) e que se serviu da informação que recolheu no blogue. Ora, a pessoa agarrou na informação, deu-lhe os devidos “retoques” e a re-transmitiu-a (esta palavra não existe de certeza) à sua maneira.
A partir daí, senti o meu espaço violado e obviamente não me sentia mais à vontade para ser espontânea, pura e verdadeira como sempre fui. E continuar condicionada, não fazia qualquer sentido. Decidi então, num impulso de raiva, acabar com tudo e apaguei o blogue. Na altura nem pensei nisso, mas poderia ter feito back-up's e conservar noutro lugar mais privado, aquilo que fui acumulando naquele tempo todo. Arrependi-me imenso da minha impulsividade, mas o mal estava feito. Foi mesmo o fim.
Ainda demorou uns meses mas o vício venceu e fiz um novo blogue, com outro nome e identidade. Mas, pelo menos neste campo, não há amor como o primeiro e depressa senti que não era a mesma coisa. Acabei com esse também. Depois veio um terceiro que ainda durou uns meses e cujos resquícios ainda andam por aí.
Nestas duas tentativas falhadas de reconstruir o meu “pequeno mundo”, decidi fechar-me e proteger-me atrás de um nick name, pois sempre tive receio que viesse a acontecer o mesmo. Decidi igualmente adoptar uma atitude “autista”, ou seja, escrever para mim evitando o contacto com outros bloggers. Mas, como já disse, não resultaram. Tinha-se perdido o encanto.
Agora que estou grávida, resolvi registar desta forma que me dá tanto prazer e me é tão familiar esta etapa tão importante da minha vida. Inicialmente tinha intenção de me manter “autista” e registar estes momentos apenas para mim e para um dia o meu filho ler, mas para isso escrevia num diário ou em “Word” e arrumava tudo numa pasta no meu computador. Penso que o encanto e a essência de um blogue estão na partilha. Partilha de sentimentos, ideias, dúvidas, angústias, alegrias... Só assim, na minha opinião, faz sentido ter um blogue.
Ainda não sei se o darei a conhecer a pessoas mais próximas (o mais certo é não aguentar e digo), mas neste momento sinto-me muito mais à vontade para ser eu própria, sem medo de ser “descoberta” e de ter que suportar a má-fé de alguns, porque agora felizmente somos muitos, imensos (e bons!) e esse risco é muito mais baixo hoje do que há uns aninhos. E é óptimo poder expressar-me e partilhar livremente.
Agora que estou grávida, resolvi registar desta forma que me dá tanto prazer e me é tão familiar esta etapa tão importante da minha vida. Inicialmente tinha intenção de me manter “autista” e registar estes momentos apenas para mim e para um dia o meu filho ler, mas para isso escrevia num diário ou em “Word” e arrumava tudo numa pasta no meu computador. Penso que o encanto e a essência de um blogue estão na partilha. Partilha de sentimentos, ideias, dúvidas, angústias, alegrias... Só assim, na minha opinião, faz sentido ter um blogue.
Ainda não sei se o darei a conhecer a pessoas mais próximas (o mais certo é não aguentar e digo), mas neste momento sinto-me muito mais à vontade para ser eu própria, sem medo de ser “descoberta” e de ter que suportar a má-fé de alguns, porque agora felizmente somos muitos, imensos (e bons!) e esse risco é muito mais baixo hoje do que há uns aninhos. E é óptimo poder expressar-me e partilhar livremente.
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