De vez em quando isto...o coração nas mãos

O primeiro dia de trabalho após 3 semanas de férias até nem correu mal. Passou-se bem. O pior veio à noite.

Das muitas evoluções que a Leonor teve nestas semanas, o andar foi uma delas. Não anda sozinha; dá 3 ou 4 passos e depois cai ou é agarrada por nós. Mas de mão dada, anda lindamente. Tem imensa força nas pernas e um equilíbrio excelente. Ontem reparámos que havia qualquer coisa diferente. Parecia que as pernas lhe fraquejavam e apesar de tentar, quase não se deslocava, quer tivesse apoio, quer não. Ia-se abaixo e bamboleava muito. Inclusivamente notámos que numa das pernas parecia ter o joelho deslocado. No banho costuma deitar-se na banheira e ontem não quis. Pensei que talvez fosse mau jeito ou a rótula deslocada ou perna torcida ou até qualquer coisa na anca. Após mexer-lhe nas pernas e verificar se ela se queixava de dor (o que não aconteceu), resolvemos ir ao hospital.

Depois de descrever a situação à médica que a assistiu, ela examinou a Leonor e mandou que a pusesse no chão para andar. Entretanto outra médica que estava perto e ouviu a história, ficou para ver e também quis fazer uma observação e testes de reflexos. Juntas, acordaram que era melhor fazer umas radiografias e análises ao sangue.

Foi um tormento quer tirar o sangue (foram precisas 4 pessoas para a agarrar), quer os RX. Enquanto esperávamos pelos resultados, ela finalmente descansou e adormeceu. Esperámos cerca de 1 hora e fomos chamados. Estavam lá as duas médicas outra vez. Nesta altura, já nos passa tudo pela cabeça, do melhor ao pior. Voltaram a examinar a Leonor (com ela a dormir conseguiram fazer novos testes). Os RX estavam aparentemente bem. As análises ao sangue revelaram alguns valores alterados e as médicas não conseguiram perceber se têm alguma coisa a ver com o quadro clínico que a Leonor apresenta. Assim, perante esta situação, mandaram-nos estar hoje novamente no hospital à tarde para ela ser observada por um ortopedista e por um neurologista. Felizmente ela não se queixa com dores e assim evitou passar a noite no hospital. Mas hoje voltamos lá, com o coração nas mãos.