Nós e os outros

Não tenho tido muito tempo para passar por aqui e confesso, a vontade ultimamente não é muita, há muito trabalho e tenho andado a apagar alguns "fogos" por aí. Tenho verificado que há pessoas com um dom natural para arranjar problemas nas suas vidas. Enquanto resolvem uns num lado, já estão a criar novos noutro.

A minha menina está muito bem. Linda e esperta. Há uns dias experimentei a dar-lhe umas massinhas cozidas, daquelas da canja, para ver se já estava receptiva (depois do acordo ortográfico vai ser "recetiva", certo? Não sei se consigo...) a comida sólida. Logo à primeira colherada fez uma careta e teve vómitos. Pronto, não quer, não vale a pena insistir. Em compensação devora o resto.

Infelizmente o tempo não tem estado bom para grandes passeios. Noto que a disposição das pessoas (e a minha) é condicionada por isso.

Depois, é tudo a ajudar para nos tornar ainda mais sorumbáticos: o que mais me surpreende nesta questão da subida do preço dos combustiveis, é a resignação. Toda a gente se queixa mas inciativas para mudar ou simplesmente contestar este roubo, não existem. É que independentemente da crise mundial, toda a gente sabe que há um abuso descarado do estado português nos impostos que cobra. Circula o pedido de boicote às principais gasolineiras mas acho isso muito pouco. É pena, porque já se provou que quando existe vontade e união, as coisas acontecem. Infelizmente só vejo iniciativas e mobilização da população em torno de coisas tão secundárias e absurdas como o futebol. As pessoas queixam-se dos cêntimos do aumento da gasolina mas não se importam de gastar 4 ou 5 euros em cachecóis e bandeiras para pôr à janela. É o patriotismo? Para mim, patriotismo deveria reflectir-se no que é realmente importante. Mas há coisas que não mudam, está-nos no sangue e não há volta a dar. Este povo vive embriagado pelo "Cristianismo"; não só o da religião mas sobretudo do Cristiano Ronaldo e Cª.